Em 26 de março de 2024, o 1º Centro de Experiência para Clientes (CEC) da Endress+Hauser Brasil foi aberto em Belo Horizonte (MG), com a missão de demonstrar, a partir de espaços altamente tecnológicos, a aplicação dos produtos da empresa suíça e como eles podem beneficiar as indústrias parceiras.
Agora, exatamente um ano depois, mais um passo foi dado na consolidação dessa iniciativa inédita no país com a inauguração do 2º CEC brasileiro em Camaçari (BA).
Anunciada com antecipação, a nova unidade foi integrada ao SENAI CIMATEC Park, um ecossistema de inovação a 50km de Salvador, composta por empresas, startups, centros de pesquisa e universidades.
De acordo com Karen Baio, gerente regional Norte e Nordeste da Endress+Hauser Brasil, a decisão pelo local foi estratégico e de acordo com o principal valor sobre o qual os projetos dos CECs foram desenvolvidos: “estar onde os clientes fazem inovação”.
“O Centro de Experiências para Clientes nasceu de um projeto que desenhei, em 2022. Inclusive, está sendo interessante acompanhá-lo durante todo o desenvolvimento. Mas a ideia, desde o começo, era estar onde os clientes estão, mostrando as tecnologias, e descentralizado de São Paulo. Então, o SENAI CIMATEC Park nos pareceu o melhor lugar, porque aqui eles fazem muito o trabalho de parcerias entre empresa, instituição e sociedade com as necessidades dos clientes”, destacou a gerente, durante a inauguração na quarta-feira, 26 de março.
O CEC Bahia, como está sendo chamado, segue com a proposta de exibir as principais soluções da Endress+Hauser, que envolvem desde testes de equipamento à demonstrações para empresas parceiras.
Também presente na abertura, Carlos Behrends, diretor-executivo da Endress+Hauser Brasil, enfatizou a estratégia na escolha do local, tomada com base em um conceito difundido pelo fundador da empresa, Georg Endress (1924-2008).
“Poderíamos ter escolhido um local comercial, mas, em vez disso, falamos ‘queremos estar nos locais em que nossos clientes fazem inovação’. E o SENAI CIMATEC tem traduzido isso de uma forma fantástica. Ele é realmente o coração de inovação de muitas empresas brasileiras e multinacionais, com vários parceiros tecnológicos, entre os quais agora somos um deles, ajudando clientes a desenvolverem processos inovadores”, destacou.
A experiência dos clientes em Camaçari

Da mesma forma que ainda acontece com o CEC Belo Horizonte, a Endress+Hauser busca entender o comportamento dos clientes e o interesse pelo projeto, a fim de avaliar se estão no caminho certo. “A visitação dos clientes acaba sendo uma forma de votar pela continuação deste projeto. Se eles não visitam, mostra que não há interesse. Ou se não os ajuda, não cumpre sua função. Mas, pelo contrário, se tivermos muitas visitas e boas experiências, elas aceleram a iniciativa”, ponderou Behrends.
A julgar pela opinião de alguns clientes que estiveram na inauguração, o projeto é promissor. Para Bernardo Neto, instrumentista pleno na Bracell, empresa de celulose que é cliente da Endress+Hauser na Bahia, o CEC será de grande valor para a região.
“Acredito que trará conhecimento e tecnologia de forma muito forte, especialmente porque estamos falando de indústria 4.0, que é a tendência do mercado. Isso quer dizer que a região e suas indústrias terão esse ganho, inclusive porque os profissionais aqui presentes demonstram um conhecimento agregado muito forte”, avaliou.
Tal opinião foi compartilhada por Robson Santos Nunes, instrumentista da Nestlé, que expressou seu interesse pela possibilidade de testar tecnologias para melhorar o desempenho de determinadas funções. “Além de ter novas experiências, podemos entender como funciona toda a parte de instrumentação e automação para tomar decisões mais assertivas. Eu já tinha visitado a fábrica de Itatiba (SP), mas agora ficou muito melhor, porque é mais próximo de nós e nos dá mais possibilidades de conhecer e compartilhar essas experiências”.
Novos CECs no Brasil

Enquanto o CEC Bahia foi anunciado ainda na inauguração do CEC BH, tanto Behrends quanto Baio preferem não taxar quando e onde serão abertas novas unidades.
“A ideia do Centro é sempre mostrar nossas tecnologias para os clientes, dentro de uma única nossa estrutura. E quando o projeto começou já pensávamos em vários lugares no Brasil. Começamos com BH, agora estamos em Camaçari, e pretendemos, sim, expandir para outros centros industriais. Mas ainda não podemos divulgar os novos locais”, antecipou.
Cidades como Porto Alegre (RS), Rio Janeiro (RJ) e Ribeirão Preto (SP), que já contam com a presença industrial da empresa estariam entre as possibilidades, mas o diretor-executivo da Endress+Hauser Brasil prefere focar na expectativa da resposta dos clientes e nos investimentos feitos paralelamente pela empresa.
“Meu sonho seria realmente ter uma dúzia de Centros de Experiências no Brasil inteiro. Mas com estes pilotos, queremos medir o interesse dos clientes e ver como funciona a dinâmica e o processo. Ao mesmo tempo, estamos sempre buscando expandir nossa força no Brasil, seja de produção ou de funcionários, porque, no fim, são as pessoas que fazem as coisas acontecer. Então, em termos de investimentos, com esses Centros de Experiência para Clientes, expansão do quadro de funcionários e nosso grande projeto do campus de Itatiba, já temos muito para nos divertirmos por alguns anos”, finalizou.