O futuro da indústria automotiva pode ser resumido na sigla em inglês CASE (Conectividade, Autonomia, Compartilhamento e Eletrificação). Pareceu um futuro distante? Acredite: está mais perto do que se imagina.
Já existem 1 milhão de carros elétricos em circulação. No mundo todo, até 2018, havia cinco milhões de unidades vendidas, especialmente na Noruega, Alemanha, Japão, Estados Unidos, Reino Unido, e outros países da Europa.
Fora isso, a Noruega já anunciou que vai proibir a venda de carros com motor a combustão até 2025, Alemanha até 2030, França e Reino Unido até 2040.
Taiwan também está estudando adotar a mesma política. O governo pretende adquirir apenas ônibus e veículos oficiais totalmente eletrificados em 2030, e a partir de 2040, todos os novos veículos comercializados em Taiwan deverão ser totalmente eletrificados.
Demandas dos carros “CASE”
Desde as centrais de multimídia aos motores dos carros elétricos, o carro do futuro terá cada vez mais componentes eletrônicos. Itens de carroceria (rodas com sensores, lâmpadas de LED), de segurança (sensores e câmaras para um sistema avançado de assistência ao motorista), sensores de colisão, aviso de saída de faixa, câmara com visão de 360 graus, sensor de ponto cego, painel de realidade aumentada.
O faturamento de eletrônicos automotivos aumentou 5,6% em 2018, com US$7,34 bilhões, e a tendência só cresce. Taiwan está despontando como um dos maiores produtores do mundo.
Existem atualmente, 2.505 fábricas em todo o país, empregando em torno de 90.000 pessoas. Em 2018, o faturamento global alcançou U$6,70 bilhões e mais de 85% das autopeças são exportadas.
Exportações para o mundo
Segundo o Ministério da Economia, o setor gerou U$ 5,73 bilhões em exportações, em 2018, fornecendo principalmente para EUA (45,3%), Japão (5,7%), China Continental (5,2%), Reino Unido (3,4%) e Alemanha (2,8%). O valor total das exportações para os cinco principais países representou 65% do total.
Embora seja um parceiro potencialmente importante, o Brasil ainda não figura na lista dos mais expressivos importadores de autopeças de Taiwan, com pouco mais de 0,67% de participação de mercado. Mas as principais indústrias do país estão se preparando para alcançar também o mercado brasileiro.